8 novembro - 4 dezembro 2016
Brasília hospeda uma exposição dedicada a um dos artistas italianos mais originais da atualidade Salvatore Garau - 1993/2015 Papéis e Telas, que será realizada no Museu Nacional do Conjunto Nacional da República.
Pintor, músico e escritor, o sardo Salvatore Garau tem seu nome presente em grandes galerias de arte europeias, além de pinturas em coleções particulares de prestígio internacional. Com um currículo extenso, para ele a arte resume-se a uma palavra: amor.
A mostra apresenta trabalhos realizados durante mais de duas décadas e que “retratam espaços animados por movimentos e eventos pictóricos”, como define o crítico de arte e diretor do Museu de Arte Moderna de Saint-Étienne, na França, Lóránd Hegyi.
A mostra é composta de duas séries de 30 trabalhos e de grandes telas:
A primeira série, Sculture sul limitare (Esculturas na borda) , 24x33cm, 1993, é composto de 30 trabalhos realizados na borda da superfície do papel, insinuando que a aventura continua, mesmo não podendo ser vista, transmitindo o sentimento do trabalho realizado.
A outra série de 30 trabalhos é Rosso Wagner (Vermelho Wagner), 40x30cm, 2013, onde o vermelho púrpura e o prata se materializam, não mais utilizando o mineral do grafite, mas o lúcido do alumínio. Realizados com o apoio da música de Wagner que ajudou a criar um mundo passional de contrastes frio e quente, ódio e amor, dramas e ciúmes, contrastes violentos, doce fusão: entrada suave de algo e saída suave do que já estava lá. As cores não secam, mas se unem no ato de pintar, arquétipo de um casamento que não cria trauma.
Entre as telas grandes, Mantello rosso che abbandona la scultura, 2007, metáfora do trabalho de Salvatore Garau: o homem é importante no momento em que deixa um rastro de sua passagem: uma sucessão de pequenas e grandes ações vividas com paixão. E a arte, como todo o resto, é apenas um simples ato de amor.
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